terça-feira, 3 de março de 2009

Interioridades

Li, há pouco, sobre a possível futura fábrica de baterias de Lítio para carros eléctricos, a construir pela Nissan, que o “nosso” Ministro da Economia defende que a mesma seja edificada no litoral e na proximidade de um porto.
Estranho eufemismo para Aveiro!
Anos e anos com discursos sobre a desertificação do interior, e... zás! Na primeira oportunidade de criar postos de trabalho e dar uma indústria de futuro ao interior, como meio de fixação de quadros técnicos e de população, indica-se o litoral e a proximidade de um porto como condição para a fábrica.
Um destes dias dizem-nos que não se pode investir no interior porque não há mão-de-obra disponível!
Depois, dirão que não se justifica fazer estradas, saneamento, arranjos urbanísticos... porque a população abrangida é muito reduzida e o custo por habitante é altíssimo.
Assim se vai matando aos poucos o interior do país e com ele morrerá o próprio país.
Não sou fatalista e acredito que devemos lutar pelas causas em que acreditamos.
Tenho para mim que pouco podemos esperar deste estado dominado pela geração jota (ver artigo 25ª hora publicado pelo jornalista Joaquim Letria) e que teremos de ser nós a construir o nosso futuro.
É urgente criar condições, a nível local, para fixação de pequenas empresas que possam, elas próprias, potenciar o desenvolvimento das zonas industriais, para depois captar empresas de maior dimensão.
Outra hipótese é despedi-los a todos! (Mas aí outros papa tachos virão)

1 comentário:

  1. Também concordo.
    A ideia é totalmente errada!
    Cada vez mais, as Aldeias e Vilas do Interior estão a ficar desertas, a juventude parte à procura de novas oportunidades nos grandes centros, esquecendo por vezes as terras que os viram nascer.

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