terça-feira, 17 de março de 2009

Doença(s), doentes, amigos e amizades

Neste início de ano a doença bateu à porta de duas pessoas que me são próximas. Ambos com perto de 70 anos, mas com uma actividade física e intelectual importantes. Os dois estão bem na vida, um é rico, muito rico mesmo e o outro, não sendo rico vive muitíssimo bem. Este, de quem sou muito amigo, teve no mês de Janeiro um choque terrível: foi diagnosticada uma leucemia do tipo fulminante à sua companheira de mais de 40 anos. Passado o choque inicial, os amigos cerraram fileiras, ele definiu uma nova linha de terra para si e avançou, cada dia, passo a passo, vibrando com cada melhoria da mulher, esmorecendo (um pouco) com as reacções físicas da esposa aos tratamentos.Finalmente ontem, quando coversávamos, a alegria inundava-o, o pior está ultrapassado e o que parecia ser um fim certo e rápido, está a levar a uma caminhada com mais uma alegria a cada dia. Agradecia-me os minutos de conversa, como agradece sempre. Já éramos grandes amigos antes deste "acidente", hoje somos muito mais.
Àquele, foi-lhe diagnosticada a doença de Parkinson já há algumas semanas. Trabalho com ele todos os dias, mas apenas ontem (muito a custo) me disse qual a doença. Está a reagir mal, a isolar-se, a família parece que apoia pouco e os amigos, os poucos que tem, a esposa não permite que se aproximem e puxem por ele.
Vejo-o a definhar, não há meia dúzia de semanas mas há dois anos. Como eu outros o notam e chamam a atenção, mas não reage.
A preocupação em ser rico impediu-o de alimentar a amizade e os amigos que hoje fariam toda a diferença.
Espero que ainda vá a tempo, pois é um bom homem e ainda tem muito para usfruir da vida.

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