segunda-feira, 16 de março de 2009

CONFAP

Nunca nutri qualquer simpatia por esta organização, Confederação Nacional das Associações de Pais – CONFAP, nem mesmo pelas “confapesinhas” as federações que actuam a nível concelhio.
Não nutro simpatia porque são estruturas alimentadas pelo poder político, nacional ou local e que obstaculizam a relação entre associações de pais das escolas / agrupamentos e o poder local.
Cada escola tem problemas muito próprios, problemas que devem, na sua grande maioria, ser resolvidos na própria escola em estreita colaboração com os órgãos de gestão, nos quais os pais e encarregados de educação estão representados.

Assusta-me que o Sr. Dr. da CONFAP esteja sempre pronto a dizer que o ministério da educação tem razão, mesmo quando não tem, e muitas vezes não tem tido, e assusta-me ainda mais que a este Sr. não seja ouvida uma palavra de apoio aos (bons) professores que temos.

A última, e que por certo não é para levar a sério, é que o douto Sr. pretende que as escolas estejam abertas 12 horas por dia!
Penso que se estaria a referir às escolas do básico, pois as secundárias e mesmo algumas dos 2º e 3º ciclos em que é leccionado ensino recorrente, estão abertas até mais tempo do que isso.
Ora o que o Sr. quer é um depósito para que os “pais” deponham os filhos às 8:00 e os levantem às 20:00, de preferência sem gastarem um chavo!
O Sr. quem representa?
Os Pais?
Outros Guardadores de crianças?
Ou ninguém?
Eu sou pai de 3 filhos, (todos no básico) e sou pai a tempo inteiro. Trabalho como qualquer um, assim como a minha mulher, mas mais que a nossa obrigação, o nosso gosto é termos os filhos fora da escola, connosco logo que nos é possível.

O Sr. ainda não percebeu que educar é tarefa dos pais, e para educar é preciso estar com os filhos.

Da escola espera-se que ensine bem, e é por esse objectivo que temos de lutar.
Se a CONFAP não lutar por isso, então para nada serve.


1 comentário:

  1. O ciclo está viciado.
    Ninguem representa ou defende uma causa sem esperar algo em troca ou defender interesses que não sejam os da dita causa.

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