Já por algumas vezes defendi Sócrates, muito por força dos ataques vergonhosos de que tem sido alvo, que vão muito para além do que é admissível numa sociedade “desenvolvida” e supostamente civilizada.
Os que o atacam, deixam passar em claro acções (ou inacções) que estão a prejudicar gravemente cidadãos, empresas e o país.
Muitas médias, pequenas e microempresas que estão em sérias dificuldades, viram o anúncio das medidas de apoio (linhas de crédito avalizadas pelo governo português) pelo ministro das finanças, pelo primeiro-ministro e pelo ministro da economia, como o financiamento que necessitavam para passar estes tempos difíceis.
Este financiamento, tem que ser integralmente pago pelas empresas e tem taxas de juros francamente baixas, tudo parece óptimo.
Digo parece, porque uma empresa que necessite de aceder a este crédito não tem qualquer hipótese, pois os bancos não o aprovam ou empurram as empresas para as suas próprias linhas com taxas de juro muito superiores.
Sobre este assunto, nem uma palavra do governo, nem a retirada dos avales aos bancos.
Note-se que esta postura é abrangente, incluindo o novíssimo banco do estado, nacionalizado há um par de meses, no qual cada português já colocou € 200,00 e provavelmente irá colocar muito mais.
Mas mais difícil ainda,
Hoje ficámos a saber que o nosso socrático governo resolveu tornar-se accionista da cerâmica “Bordalo Pinheiro”, comprometendo-se com uma entrada de capital da ordem dos € 14.000.000,00!
Particularidade: Um dos accionistas minoritários, mas de referência, é Vera Jardim, antigo (bom) ministro da justiça e destacado militante socialista.
O meu apelo, enquanto accionista da Maluesp:
Sr. Vera Jardim ofereço-lhe uma participação na nossa empresa (cedendo-lhe parte da minha quota), desde que o digníssimo Sr. convença o seu colega ministro das finanças, e o seu (nosso) primeiro-ministro a investir € 1.650.000,00, valor já corrigido para o número de postos de trabalho da nossa empresa.