Finalmente o presidente (?) começou a ouvir os partidos mais votados nas eleições de domingo passado.
Após o delírio da última comunicação ao país, o Sr. percebeu que tem obrigações e, despoletar o processo de formação do novo governo, é sem dúvida, o mais importante neste momento.
Ouviu, primeiramente, os líderes dos mais votados (PS e PSD), curiosamente os grandes derrotados da noite, que foram parcos e sóbrios nas palavras, para de seguida ouvir o terceiro mais votado mas um dos vencedores, e aí o verniz e a capa de democrata esfumou-se (também já passaram as eleições!).
Portas, perdendo a noção que os portugueses não o escolheram para governar, colocou-se em bicos de pés e tentou impor as prioridades ao novo governo.
Primeiro, não o devia fazer em Belém,
Segundo, suponho que o "presidente" não lhe terá dito para formar governo,
Terceiro, se é verdade que o PS + o CDS formam uma maioria parlamentar, não é menos verdade que PS + PSD, ou PS + BE + CDU também fazem, sendo qualquer uma destas numericamente superior à primeira.
O que esta postura demonstra é a arrogância do ministro da defesa do último governo PPD/PSD - CDS/PP. Lembram-se?
Claro que esta tarde (ou amanhã) teremos a repetição do filme quando Francisco Louçã for a Belém.
A bem do país, contra tudo o que defendo e que alguma vez julguei possível, só vejo duas soluções de governo:
- Uma coligação do centrão (PS + PSD) ou,
- Um governo minoritário, com apoios parlamentares discutidos área a área, se tivermos deputados com os "tins" no sítio, capazes de se interessarem mais pelo país do que por eles próprios.
Gostava que o "presidente" tivesse explicado isto aos líderes que recebeu mas será que ele próprio tem noção do que é necessário fazer?
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