terça-feira, 7 de abril de 2009

ANF, o cartel

As organizações corporativas são sempre de interesse duvidoso, pois tendem a colocar os interesses de quem representam acima dos interesses da sociedade.

Vem isto a propósito da posição, profundamente antidemocrática e egoísta, da Associação Nacional de Farmácias (anf) que querer substituir os medicamentos prescritos pelo médico, por outros (genéricos) mesmo contra a opinião expressa do médico.
Parece que o Sr. João Cordeiro assinou um papel juntamente com o nosso primeiro nesse sentido.
Segundo o Sr. Cordeiro, o papel tem força de lei.

As Farmácias, lideradas há cerca de 30 anos (!) por João Cordeiro, pretendem que os utentes comprem “genéricos”, contra a vontade expressa do médico mas, não assumindo a responsabilidade pela troca, pois querem que seja o utente a declarar que autoriza (e se responsabiliza – digo eu) por ela.
Ou seja, se correr mal, e pode correr (segundo António Arnaut nem todos os genéricos são fiáveis), a responsabilidade é dos utentes.

Então o que move a anf e o seu quase vitalício presidente nesta guerra contra os médicos que é também contra todos nós?

Talvez a resposta esteja nestes parágrafos retirados do DN de 14-08-2006 e que transcrevo:

"A ANF representa a quase totalidade das farmácias existentes no nosso país, embora a sua inscrição seja facultativa." A frase, escrita no site da associação, é clara. Mas, para o presidente da Associação Portuguesa dos Farmacêuticos Hospitalares, Jorge Brochado, não é verdadeira. "Ninguém consegue desenvolver a actividade da farmácia contornando a ANF, eles dominam tudo", diz.

Mas o percurso da ANF "é de se lhe tirar o chapéu", admite. Na opinião de Jorge Brochado, "esta estratégia permitiu que a ANF construísse um império económico consolidado". E "fica tudo muito complicado quando não se faz parte da ANF". Cordeiro "domina o mercado de retalho e o grossista (ver página 4), que é controlado pelas cooperativas e pela Alliance Unichem, que é uma distribuidora". Quem ganha com isto? "Os cofres da ANF.

Portanto como se vê a questão é “pilim”.
Já agora uma pergunta, conhecem alguma farmácia que tenha ido à falência? E um proprietário de Farmácia que seja pobre ou remediado?

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