Fui, durante toda a legislatura, um acérrimo crítico deste governo, mas é chegada a hora de fazer uns quantos elogios deixando, mais uma vez, bem claro que nunca votei PS nem tenho intenção de algum dia votar.
Os indicadores económicos hoje divulgados, não sendo brilhantes, estão a par das mais fortes economias da “zona euro”. Na realidade o crescimento de 0,3% é a melhor notícia que poderíamos receber. Sei, porque dependo directamente da economia alemã, que o crescimento alemão é real e sustentado pelo que depreendo que o de Portugal lhe esteja indexado e assim seja também seguro e sustentável.
Esta vitória do fazer bem de Sócrates, Pinho e Teixeira dos Santos é-o, não pelo acerto das chamadas medidas de apoio ao tecido empresarial (muitas delas completamente erradas ou inócuas) mas sim pelo discurso optimista destes três senhores. Na realidade o que mais ajuda uma economia em depressão é o apelo ao consumo e o dar confiança aos cidadãos.
Foi esta a postura do governo. É tempo também de fazer uma crítica feroz àqueles que durante todo este tempo, e mesmo agora, só falam da desgraça (CDS, PPD/PSD, BE, CDU).
São, de todo, lamentáveis as análises do Bloco e do PC. Mas as análises de PPD/PSD e CDS, partidos sempre alinhados com o facilitismo e com a venda de ilusões são completamente estúpidas
Compreende-se. Apostavam tudo na calamidade económica e a economia deu-lhes a volta. Sabem que com o país em recuperação será muitíssimo mais difícil vencer Sócrates.
Estes resultados premeiam o ministro “corneador”, que foi despedido por um “fait diver” mas que teve, enquanto governante, uma actuação muito positiva, com excepção do folhetim Qimonda. Esta devia ter caído com a falência da casa mãe, porque para a economia portuguesa representa apenas os postos de trabalhos. O valor acrescentado é zero. Para um milhão que importa, exporta um milhão mais a mão-de-obra portuguesa.
Maria de Lurdes Rodrigues fez, paulatinamente, o que muitos queriam e nunca tiveram coragem por terem medo dos professores e dos seus fortíssimos sindicatos. A senhora mostrou como se faz, mostrou que muitos professores estão com ela e acima de tudo, mostrou que não há classes intocáveis.
Reduzir as forças militares (exército, marinha e força aérea) ao quadro exigido pela NATO, parte dos excedentes seria absorvidos pelos bombeiros.
A política agrícola é uma anedota, ou melhor nem isso chega a ser porque não existe. Nas pescas (num país com tanto mar, é uma vergonha que se tenha acabado com a nossa frota) nada foi feito, com excepção do investimento da “Pescanova”, mais um bom trabalho de Pinho.
Criem-se taxas de IRC de 50% sobre lucros do (grande) capital, e façam-se contas ao que a economia podia crescer com os impostos que se cobrariam aos bancos, EDP, GALP, TMN, PT, Vodafone...
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