Boa surpresa!

As boas surpresas vêm de onde não as esperamos.

Vem isto a propósito da Escola Básica 2/3 António Dias Simões de Ovar.

Esta escola, sede de agrupamento, é sempre notícia pelos piores motivos, mau ensino, mau ambiente, gestão desastrosa, misturas explosivas em crianças do 4º ano e “matulões” dos 7º, 8º e 9º anos, sendo que os alunos do 3º ciclo que permanecem nesta escola são, na sua grande maioria, os piores em aproveitamento e comportamento.

Mas esta semana algo de diferente se passou.

Professores e alunos de uma das turmas do 6º ano, uma das mais problemáticas, fizeram e ofereceram um fim de tarde diferente aos pais e encarregados de educação.

Prepararam e representaram uma peça de teatro, leram textos feitos por eles sobre os professores e colegas, prepararam um “Rap” com texto e coreografia originais e, como se já não fosse bastante, ofereceram a todos uma excelente sopa de pedra.

Eles provaram que quando se juntam vontades se pode mudar o mundo!

Mas demonstrando que eles (professores e alunos) são uma excepção, ninguém da comissão executiva, associação de pais ou conselho geral transitório esteve presente.

Mais do que as palavras, são os nossos actos que nos qualificam.

Jorge Casais

A fundição portuguesa está mais pobre, a indústria nortenha está mais pobre,o país está mais pobre.

Jorge Casais, um dos decanos da fundição portuguesa faleceu, sucumbindo  a um cancro que o foi matando aos poucos.

Não trabalhei com ele, pois quando tal hipótese se colocou optei pela Oliva, a empresa que tenho no coração, mas de Jorge Casais, todos nós fundidores, novos ou menos novos, recordaremos sempre a sua competência técnica e a enorme dimensão humana.

Saibamos respeitar a sua memória.

Resposta ao Calimero

Gostei do texto mas não posso concordar completamente. Sou politicamente independente, penso pela minha cabeça (às vezes até demais) e até por isso não me revejo no seu texto.

Tenho e tive intervenção social que baste, nas associações de pais, nos órgãos de gestão da faculdade, enquanto fui estudante, apoio sem reservas as candidaturas (especialmente as autárquicas) que me parecem as melhores em dado momento, não me sentindo com isso comprometido com nenhum partido.

Sou independente mas sou de esquerda, sou pela integração do emigrantes (sejam de Leste, do Brasil, da Venezuela,de Espanha ou de qualquer outra origem), sou pelo estado social, sou pelo SNS gratuito para todos, sou pela escolaridade gratuita (logo sou contra Bolonha), sou pela protecção do trabalho, sou pela educação sexual nas escolas, sou pela liberdade de pensamento.

Ser independente não é ser amorfo. Ser independente também é ter hálito e pode ser uma hálito bem forte! Abraço

Quando se perde o Norte

Os profissionais da equipa de futebol da União de Rio Maior, iniciaram uma greve de fome à porta do seu estádio, lutando contra a situação de terem 6 meses de salários em atraso e da sua forma de luta faz parte também a não comparência no jogo deste fim de semana.  

 

Impressionam os profissionais que continuam a trabalhar quando estão tanto tempo sem receber, mas o que mais impressiona são as declarações delirantes dos dirigentes do dito clube, que acusam os jogadores de não terem dado conhecimento do que pretendiam fazer e ameaçando que o futebol sénior terminará (no clube) se estes  não comparecerem ao jogo.

 

Então os senhores não sabem o que devem?

Não sabem que uma relação laborar tem obrigações para ambas as partes?

O futebol sénior já devia ter acabado em Rio Maior (e noutros clubes) quando as direcções não cumprem as suas obrigações para com os atletas.

Tenham vergonha!

 

Triste, muito triste, é ver a figura do Estrela da Amadora que faz um campeonato muito bom, sem pagar a atletas e técnicos e tudo se passa como se fosse normal. Aqui só Lito Vidigal, o técnico do início da temporada, teve a capacidade de dizer:

Assim não!

Os Senhores do Futebol deveriam ter retirado o Estrela da competição quando se tornou evidente que ninguém iria pagar aos atletas.  

 

Mas afinal o Futebol é um espelho do país que temos.

 

Europeias

Valerá a pena votar em 7 de Junho?

Estamos a 3 semanas das eleições para o parlamento europeu e pergunto se vale a pena ir votar.

Para quê eleger 22 deputados para um órgão que não tem qualquer poder real na Europa?

Porque razão vamos votar para um órgão que se diz democrático mas que antes de encerrar os seus trabalhos teve o cuidado de alterar uma norma, simpática e plural, que determinava que o discurso de abertura do novo parlamento e a sessão inaugural ficassem a cargo do decano dos deputados, porque previsivelmente o decano é o Sr. Le Pen, o ditador mais vezes eleitos em processos democráticos.

Hoje é o Sr. Le Pen, amanhã será outro.

Porquê escolher entre listas partidárias se os dois maiores partidos têm as mesmas posições em relação à coisa europeia e até já disseram que por eles o único Sr. da Guerra (Asnar, Bush e Blair já se foram) que se mantém em funções será reeleito para presidente da comissão?

Porquê votar nos outros se são contra a união europeia?

Tenho a perfeita consciência de que nenhum dos eleitos portugueses me defenderá neste parlamento. Mas vou votar porque os que lutaram para que todos tivéssemos esse direito merecem o meu respeito e o meu reconhecimento.

Regabofe

Começou o “regabofe”.

As primeiras eleições deste ano só serão daqui a três meses e serão as europeias mas, pelo que já ouvimos e vimos, o mote está dado.

De um lado toda a oposição faz de conta que não existe crise internacional, que Portugal é um oásis (lembram-se?) e que pode resolver tudo sozinho e atira para cima de Sócrates o odioso do desemprego, com total desrespeito por aqueles que se encontram na frágil situação de desempregados.

Vai daí, os “nossos” socialistas que não aceitam essas insinuações relativamente ao seu querido líder, usam com o mesmo despudor a mesma acusação relativamente ao populista presidente da câmara de Gaia.

Para melhorar a história, só a inefável Manela que se lembra de dizer que há empresas que estão muito mal e que só não despedem trabalhadores nem atrasam salários por pressões do governo. Se fosse verdade, bendita pressão mas, tal é impossível.

Oh Manela, se estão tão mal onde vão buscar o dinheiro?

Será o PS a subsidiar?

Será o Sócrates?

Não entendo!

Entretanto os partidos representados na Assembleia da República, decidiram por unanimidade e à porta fechada (porque terá sido assim?) duplicar as subvenções para as campanhas eleitorais.

Percebe-se. Se não se investe onde haviam de gastar o dinheiro?

Ficámos a saber que a eleição de cada eurodeputado custará ao erário público € 200.000,00 e outros € 200.000,00 que os partidos vão buscar não se sabe onde...

Isto é tão fantástico como a história que um gestor bancário (do BPN) me contou esta semana, há apoios a empresas concedidos ao abrigo das linhas PME a serem directamente aplicados em nome dos sócios.

Viva Portugal!

Ficamos à espera da verdadeira campanha.