quinta-feira, 12 de novembro de 2009

O nosso portugal!

Sou leitor atento dos jornais e acompanho com relativa proximidade a vida do país, no que nos é relatado pela comunicação social.

O caso face oculta, põe a nu o que é Portugal (um país de corruptos), leva a que muitos se confundam e tentem confundir a opinião pública, mas também traz à luz do dia a ignorância e impunidade com que se dão “notícias” e se acusam pessoas.

A espiral de desinformação é tal que é rara a notícia em que se pode acreditar, chegando-se ao ponto de um suposto jurista (não sabemos se é licenciado em direito, advogado, juiz, funcionário judicial…) travestido em jornalista fundamentar as suas opiniões em citações de periódicos que não fizeram o seu o nome e o seu mercado com base no rigor e na seriedade, refiro-me a Pedro Lomba e ao Correio da Manhã.

Corre por aí que o Sr. Manuel Godinho vai pagar pelo que fez e pelo que não fez, dando a entender que o Senhor nada fez de errado e que os grandes culpados são os que foram corrompidos. Ora eu continuo a acreditar na justiça, acredito que quem corrompe é criminoso e sei que há muitos anos que se contava à boca pequena o modo de operar desta organização. Quero com isto dizer que o caso não é de agora, nem os actuais governantes (administradores de empresas) são mais corruptos que os anteriores.

Cavaco não é diferente de Sócrates.

Arrepia-me ver vezes sem conta a entrada do Sr. Manuel Godinho no DIAP de Aveiro e o empurrão perfeitamente gratuito do Sr. da judiciária que mais não revela que a boçalidade daqueles que estão danados com o corruptor por não terem sido corrompidos. É muito fácil ser forte com os fracos e fraco com os fortes. Eu prefiro ser intransigente com os fortes e solidário com os fracos e sei (sofro-o na pele) que não serei rico nem subirei com facilidade mas tenho a cara lavada, a consciência tranquila e durmo bem todas as noites.

Recordo a este propósito a saída do Engº João Cebola da prisão em 95 ou 96. À sua espera estavam apenas (além dos familiares próximos) o “chauffeur”, a secretária e um dos seus colegas administradores. Todos os outros que tinham comido e enriquecido à sua mesa tinham desaparecido…

Recordo também, na minha passagem pela Oliva, após a saída do administrador único de que eu tinha discordado em muitas coisas, a necessidade que tive de proibir qualquer referência menos cordata que lhe fosse dirigida. Só pode atacar quem o faz de peito aberto e mostrando a cara…

Recordo ainda a minha saída da Maluesp (um filho que criei e fiz crescer) onde as posturas menos correctas e a falta de lealdade me fizeram abdicar de um bom salário e do muito que investi porque é mais importante ter a cara lavada do que ser “rico”.

Sócrates reconhece que falou e que vai continuar a falar com Vara, pelo simples facto de que são amigos. É isto que eu espero dos meus amigos que estejam comigo nos maus momentos porque nos bons e nos copos estarão de certeza.

Para aqueles que gozam com a licenciatura de Sócrates (e de outros) lembro-lhes que a Independente foi licenciada por um governo que era de outra cor e que certamente não terá (ia) menos qualidade que as Faculdades que nasceram como cogumelos nos idos de 80, em Viseu, em Famalicão, na Guarda e noutros recantos…

Sejamos sérios e exijamos aos outros somente aquilo que exigimos a nós próprios.

2 comentários:

  1. Olá Luis

    E sobre o escândalo, em concreto, não tens comentários?
    Concordo que devemos lutar contra abusos da autoriedade. Mas devemos ter a lucidez de ver que a corrupção mina o nosso país.
    Um abraço

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  2. Olá Manel,

    Claro que tenho e fá-los-ei um dia destes, talvez hoje, mas ontem apeteceu-me dar uma outra visão não deixando de referir que somos um país de corruptos.
    abraço,

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