sábado, 2 de outubro de 2010

Equívocos da edução

O presidente da CONFAP, a propósito da aprovação do programa de empréstimo de manuais escolares produziu as seguintes declarações, segundo a agência lusa:

"Em comunicado hoje emitido, a Confederação Nacional de Associações de Pais (Confap) considera que a medida vai gerar «consequências muito negativas para milhares de profissionais qualificados» e «poderá provocar desemprego em áreas estratégicas como a educação e a cultura»."

É admirável que o pretenso responsável pelas associações de pais, sobre uma medida de apoio aos alunos (e seus agregados familiares), com provas dadas noutros países se ponha na pele de fabricante de livros em vez de representar a confederação da qual é presidente.

Da CONFAP, em consonância com o resto do País (FENPROF, Partidos políticos, comunicação social...) ainda não se ouviu uma palavra para o número de professores em falta.
Sim, faltam dezenas de professores nas grandes escolas, faltaram menos nas pequenas mas este é sem dúvida um arranque de ano "tipo década de 70".
Já passou praticamente um mês desde o início do ano lectivo e há inúmeras turmas sem aulas a diversas disciplinas.
Mesmo nas disciplinas fulcrais, como Matemática e Físico-química não há professores colocados. Mas ninguém fala nisso.
Obviamente que não estamos a falar em aumentos salariais ou avaliação de professores.Porque se assim fosse havia berros, greves, ameaças, pedidos de demissão de ministros mas como estamos a falar de não colocação de professores e como os atingidos são os alunos e os professores sem vínculo, "no pasa nada".

Cabe aqui um voto de louvor aos muitos professores que estão a colmatar esta lacuna sem qualquer remuneração suplementar por parte do estado.

Continua a saga "uma aventura no ministério da educação" por Isabel Alçada e aplaudida por todo o País.




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