Na cruzada contra os direitos fundamentais dos trabalhadores e cidadãos portugueses, a que chamam revisão constitucional, o PPD/PSD e os seus dirigentes actuais não temem em usar meias verdades para tentar justificar o injustificável.
Miguel Relvas defendendo a sua proposta de “razão atendível” para o despedimento , tenta baralhar afirmando que Vasco Gonçalves utilizou a mesma expressão em 1975.
O que o Sr. Relvas se esqueceu de dizer foi que em 1975 a constituição em vigor era a de 1933 em que “as leis laborais obedeciam ao princípio de que, os interesses do trabalho não podiam pôr em causa os interesses do capital” e que “tal primado implicava ainda a submissão total dos interesses dos trabalhadores ao capital, a submissão dos interesses das pessoas em geral, aos interesses de uma classe empresarial entregue a uma elite, que beneficiava do estatuto nacional do trabalho”.
Logo a introdução feita por vasco Gonçalves foi no sentido de maior protecção dos trabalhadores o que veio a ser reforçado pela constituição de 1976 com a introdução da seguinte redação:
É garantida aos trabalhadores a segurança no emprego, sendo proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos políticos ou ideológicos.
Assim se tenta transformar aquilo que foi um avanço nos direitos do trabalho numa justificação para o corte desses mesmos direitos.
O Sr. Relvas esqueceu-se, ainda, de dizer que Vasco Gonçalves foi o mentor da introdução do salário mínimo nacional, do 13º mês e do subsídio de férias para todos os trabalhadores.
Lá dizia o cartaz da outra Senhora (de quem Relvas era incondicional antes de ser incondicional do PP Coelho): Falar verdade aos Portugueses.
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