Apesar de não me surpreender, o cenário de dissolução vem demonstrar a razão que tenho quando escrevo sobre a Oliva.
Mais, vem mostrar duas coisas fundamentais:
- A anterior viabilização, que passou pela venda aos actuais accionistas, foi desastrosa pois, ao não obrigar a uma profunda reestruturação da empresa (redução brutal dos trabalhadores não produtivos, afastamento dos responsáveis da Direcção financeira, aposta no mercado de maquinaria agrícola - e não no automóvel -, crescimento significativo da produtividade) mostrou-se uma saída desastrosa por culpa de credores, Juiz titular e administrador judicial;
- A incapacidade total da administração/direcção da empresa para compreenderem o mercado da fundição e como consequência, incapacidade para se afirmar internacionalmente.
Claro que os trabalhadores também têm culpas pois só se preocupam quando os salários faltam de resto interessa-lhes trabalhar pouco e devagar, mas para contrariar esta postura exigem-se chefias capazes (espécie há muito extinta por aqueles lados).