O jornal Público, na sua edição de hoje, publica a habitual crónica “espaço público” da responsabilidade de Helena Matos. Normalmente não leio porque não gosto da forma como escreve nem das ideias que expressa mas, hoje, o sugestivo subtítulo “e a intermediação cultural?” aguçou-me a curiosidade e dediquei uns minutos à sua leitura.
A senhora, pretende explorar as contradições do Bloco de Esquerda, a propósito do modo como os bloquistas “etiquetaram” quem atacou a sua sede no Porto e o discurso corrente do próprio Bloco que, segundo a mesma, é condescendente com os criminosos.
Até aqui tudo bem, pois é papel dos jornalistas explorarem as contradições dos políticos e expô-las na praça pública.
O que é incorrecto e repugnante na sua argumentação é a grosseira comparação entre o apedrejamento de uma qualquer sede partidária (a todos os níveis condenável e lamentável) e a resistência dos Palestinos, feita com pedras contra mísseis, ataques aéreos e bombardeamentos sobre toda uma população indefesa.
Lamentável é o Público, ou qualquer outro meio de comunicação permitir esta publicação sem uma referência enérgica, demarcando-se de tal posição.
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