terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mensagens enigmáticas

As eleições autárquicas que se aproximas, fruto da multiplicação dos cartazes com as caras e lemas dos candidatos a Câmaras, Assembleias Municipais e de Freguesias, são pródigas em mensagens no mínimo enigmáticas.

Passando ao lado do Sr. do BE que voltou por amor a S. João (candidato à assembleia de freguesia de S. João de Ovar), seja bem-vindo, temos em S. João da Madeira, do candidato do PS à Presidência da Câmara Municipal:

“Mais e melhor educação, Por nós

Fico sem perceber se se trata de uma prece tipo rogai por nós ou, se pelo contrário tem uma mensagem mais virada para o emprego, vulgo tacho, Por nós (que seremos os professores/educadores/formadores)

No Souto os candidatos do mesmo PS à Assembleia de Freguesia, dizem-nos:

“Juntamos o Querer ao Saber”

E eu pergunto se um não quer e outro não sabe porque raio devemos votar neles?

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

A minha ajuda à "Manela"

Soluções para os problemas da nação 2º MFL e o seu PPD/PSD

Asfixia democrática – Grande tema da campanha da “Manela” seria facilmente exterminada se fosse proibido o uso de laca e se limitassem os penteados a uma coroa de 2cm à volta do couro cabeludo,

A Verdade – 2º grande tema da campanha da “Manela”, resolvido pela proibição de campanha eleitoral antes dos actos eleitorais (e por uma questão de higiene, depois dos mesmos),

TGV – 3º grande tema da campanha da “Manela” (por vezes foi o 1º tema), a solução passa por explicar à Sra e aos seus inefáveis seguidores, que existem distâncias maiores do que a que vai de S. Caetano à Lapa...como, por exemplo: Porto a Lisboa e Lisboa a Madrid, entre outros,

Escutas ao Presidente da República – 4º, 2º, 1º e 3º grande tema da campanha da “Manela”, oferecer um bilhete de ida Lisboa – Pulo do Lobo, ao Sr. que vive em Belém, aí ninguém o ouvirá...

A lógica do CDS-PP

"Um candidato do CDS-PP à Câmara Municipal de Moura, de seu nome Pedro dos Reis, foi detido sexta-feira pela GNR por, alegadamente, estar a furtar palha numa herdade localizada na periferia da cidade alentejana, avançou ao DN fonte da Guarda, acrescentando que o homem, de 63 anos, foi interrogado e constituído arguido, ficando a aguardar em liberdade o desenrolar do processo.

A cabeça de lista e presidente da distrital de Beja do CDS, Sílvia Ramos, confirma o envolvimento do seu "número 3" no caso, mas diz que isso não a fará alterar a composição da lista.

"A minha decisão é simples. Somos democratas-cristãos e está explícito na Bíblia que quem nunca pecou que atire a primeira pedra. Não é por meia dúzia de fardos velhos que vamos tirar a pessoa da lista, neste momento. Cabe à Justiça e a Deus julgarem o acto", diz a líder centrista em Beja.

De acordo com a GNR, o caso ocorreu ao final da tarde de sexta--feira, por volta das 18.30, quando uma patrulha em missão de serviço detectou três indivíduos a carregar fardos de palha. "Já tinham diversos fardos colocados numa carrinha quando foram interceptados. Surgiu a suspeita de que se poderia tratar de um furto e, depois, o proprietário da herdade acabou por formalizar a queixa, o que nos levou à detenção dos três indivíduos", acrescenta a fonte.

Na ocasião foram detidos outros dois familiares do candidato, respectivamente com 23 e 20 anos. Em declarações ao DN, ainda antes de ter obtido esclarecimentos sobre o caso junto da GNR, Sílvia Ramos disse já ter falado com o seu colega de lista. "Disse-me que viu três ou quatro fardos de palha velha e que decidiu apanhá-los. O proprietário, que faz parte de outra lista, fez questão de formalizar a queixa." Segundo a cabeça de lista do CDS, a integração na sua lista de dois indivíduos de etnia cigana, como independentes, tem em vista promover a "inclusão social e a não a exclusão seja de quem for".

"Não estou a desculpabilizar a pessoa, já a chamei à razão e já lhe disse que quando se quer criar outro estilo de vida temos de começar a mudar. Mas não me cabe a mim julgar, pois não sou juiz nem sou Deus", diz Sílvia Ramos, lamentado o "aproveitamento político do caso". "Não percebo como é que três ou quatro fardos de palha equivalem a casos como o BPN, BPP ou Freeport", "

In Diário de Notícias, 24 de Setembro de 2009


Aguardo os berros de Portas a requerer a imediata prisão do seu candidato...

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dia 27

O que fazer no próximo domingo, dia 27?

Para quem não é PS, nunca votou PS e discorda no essencial da política levada a cabo pelo governo que agora termina funções.

Para quem é de responsável, acredita no estado social e solidário, luta pelo ensino universal e gratuito, por um sistema de saúde para todos e acredita nos valores do Homem, coloca-se um desafio complicado:

Votar na esquerda que luta por aquilo em que acredita e correr o risco de dar a governação do país à direita, que não tem princípios e que ataca ferozmente o estado social e os trabalhadores,

Ou,

Votar PS, viabilizando um governo de esquerda, que terá de sobreviver com acordos parlamentares e que por isso será mais cuidadoso com as pessoas e cumprirá mais facilmente as promessas eleitorais.

Não tenho dúvidas que só há uma verdadeira solução: votar PS.

Há sempre uma primeira vez!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

A última cavacada (ou será limada?)

Para quem tem defendido a existência de más relações entre S. Bento e Belém, estes serão dias de muita angústia.

A actuação do presidente, qual elefante em loja de loiça, é a melhor ajuda que Sócrates poderia ter, especialmente porque vem do campo que vive pendurado no presidente e que é o adversário do governo.

Se MFL tinha pouquíssimas hipóteses de chegar ao poleiro, ninguém esquece a ministra da educação da “geração rasca” nem a ministra das finanças da “venda dos créditos ao citigroup”, arrisco a dizer que hoje essas hipóteses são nulas.

Como homem de esquerda, agradeço.

Prefiro uma esquerda pífia no governo a uma direita reaccionária, incompetente e xenófoba.

Como cidadão responsável, lamento.

Mesmo não esperando muito do presidente (ou mesmo nada) as suas paranóias são tema de divã de psicanalista e para mim só lhe resta uma saída – A RESIGNAÇÃO.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Helena Matos, tenha vergonha!

O jornal Público, na sua edição de hoje, publica a habitual crónica “espaço público” da responsabilidade de Helena Matos. Normalmente não leio porque não gosto da forma como escreve nem das ideias que expressa mas, hoje, o sugestivo subtítulo “e a intermediação cultural?” aguçou-me a curiosidade e dediquei uns minutos à sua leitura.

A senhora, pretende explorar as contradições do Bloco de Esquerda, a propósito do modo como os bloquistas “etiquetaram” quem atacou a sua sede no Porto e o discurso corrente do próprio Bloco que, segundo a mesma, é condescendente com os criminosos.

Até aqui tudo bem, pois é papel dos jornalistas explorarem as contradições dos políticos e expô-las na praça pública.

O que é incorrecto e repugnante na sua argumentação é a grosseira comparação entre o apedrejamento de uma qualquer sede partidária (a todos os níveis condenável e lamentável) e a resistência dos Palestinos, feita com pedras contra mísseis, ataques aéreos e bombardeamentos sobre toda uma população indefesa.

Lamentável é o Público, ou qualquer outro meio de comunicação permitir esta publicação sem uma referência enérgica, demarcando-se de tal posição.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Oliva, desenvolvimentos

Nos últimos dias tenho falado com diversas pessoas que de algum modo se cruzaram comigo na Oliva e concluo, com enorme satisfação, que muitos se dão ao trabalho de visitarem este espaço.
Primeiro e antes de escrever o que quer que seja o meu agradecimento a todos. Aos que lêem o que escrevo, aos que concordam e também aos que não concordam, ou concordando, não gostam.
A verdade é que o que escrevo (sobre a Oliva) corresponde à verdade, ou pelo menos é uma leitura plausível dos factos que se têm sucedido nesta empresa.

Tive hoje oportunidade de consultar o processo (no tribunal de S João da Madeira, uma vez que ainda não há publicação no DR) e fico cada vez mais apreensivo, pois confirma-se a nomeação do director financeiro para a comissão de credores, que sendo uma nomeação legal enquanto credor da empresa, não é compreensível que o mesmo não tenha pedido a sua imediata substituição.
“À mulher de César não basta ser séria...”
Depois toda a argumentação do mau momento da empresa cai na crise internacional, no lay-out desfavorável e no facto de não terem recebido da segurança social € 80.000,00 relativos ao processo de lay-off.
Ora, se nos fixarmos nas contas da empresa e na nota que a mesma enviou aos fornecedores constata-se que desde o início (2004) a empresa apresentou sempre resultados operacionais negativos ou muito negativos, mesmo em anos de grande crescimento de preços e de grande procura.
Quanto ao lay-out aceito que tenha sido prejudicado por uma instalação pouco cuidada dos equipamentos adquiridos, mas a responsabilidade é da gestão não do lay-out.
O facto da segurança social ainda não ter liquidado as parcelas referentes ao lay-off é penalizador e verdadeiro, mas não se podem esquecer os mais de € 500.000,00 que a empresa apresenta como dívidas à...segurança social.
Na minha opinião o grande problema, pelos vistos não identificado pela gestão, chama-se produtividade e enquanto a Oliva não der o salto para 100-120 toneladas / homem ano, não haverá plano de recuperação que resista.
Para atingir esse patamar é fundamental emagrecer as áreas não produtivas ao mínimo, para 100 produtivos não pode haver mais que 10 não produtivos (haverá coragem e capacidade de trabalho para enfrentar este desafio?)
Por último e razão pela qual não acredito que a empresa vá continuar é o facto de, mais uma vez, proporem um perdão da dívida e transformação de dívida em capital.
Hoje, já não estamos na época de viver à custa dos outros, os processos de insolvência com recuperação têm que passar pelo pagamento integral das dívidas, pois só assim se pode acreditar na boa fé das pessoas/instituições.

Tive oportunidade de trocar algumas impressões com o administrador da insolvência, Sr. Dr. Tito Teixeira Germano que me deixou a melhor das impressões, para ele votos de coragem e firmeza neste trabalho.

sábado, 5 de setembro de 2009

Oliva, a saga continua

A acreditar na notícia da Liliana Guimarães, publicada no "labor", o administrador de insolvência é o Dr. Tito Teixeira Germano, que é também administrador das restantes empresas do grupo que se encontram em insolvência, o que se compreende pelo conhecimento que a administração da Oliva terá dele (e vice versa).
O que já não se compreende (e mais uma vez a acreditar no referido artigo) é que da comissão de credores (orgão e fiscalização do processo) faça parte o Sr. Ernesto Valente da Silva Mota, nada mais nada menos que Director Finaceiro da Insolvente e actor principal em todo o processo.
Espero sinceramente que tal facto não seja verdade, pois se assim não for, todo o processo, incluindo a escolha do administrador judicial começa com um tremendo erro.
Será distracção ou foi de propósito?

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

debates

Com a entrada em falso de Portas tudo parece ficar mais fácil para Sócrates.

Quando todos o davam como derrotado, o primeiro-ministro, após uma excelente entrevista dada a Judite de Sousa no dia anterior, trucidou Portas.

Penso que o próprio Sócrates terá ficado surpreendido pelos erros do Paulinho das feiras que iniciou o debate tratando Sócrates por “Ze Sócrates” e pensando que eram favas contadas.

Sócrates cortou de imediato (e bem) a familiaridade, levando o Paulinho ao tapete pela primeira vez.

Depois o verdadeiro político não permitiu que Portas se levantasse e deu-lhe a estocada final cercando-o, através do evidente voto favorável de Portas e do PP às alterações da lei da prisão preventiva, que Portas não chegou a assumir.

O passado de Portas no Governo foi bem explorado pelo primeiro-ministro que revelou ter-se preparado a fundo para o embate.

Espero que Portas recupere (e se prepare) e esteja ao seu nível quando enfrentar a velha senhora.